domingo, 28 de fevereiro de 2010

Morenas

Tinha especial apreço pelas morenas.Apreço não, que não é palavra bonita o suficiente para dizer o quanto elas o atraiam.Desejo.Diz e ilustra de forma mais completa.Não que loiras, ruivas, orientais, negras e demais vertentes o desinteressassem.De maneira nenhuma.Sempre fora profundo degustador dessa espécie, o que há de melhor na vida!costumava dizer...Mas, as morenas...o inquietavam, o atraiam... queria descobrir tais mulheres, seduzi-lás, com vinhos, Coltrane, jantares, lençóis e orgasmos!Dizia, com autoridade de vasto histórico, que existiam dois momentos máximos na vida de um homem:a conquista e o orgasmo.Dela.Como já havia passado da idade em que Cristo foi crucificado, já não se importava tanto com os atributos físicos das moças.Maturidade.De que adianta uma bela bunda e seios hipnóticos sem um charme único e natural, aquilo que caracteriza cada mulher?As gostosas, dizia, dão exagerada importância ao que não importa tanto.Claro que um bom corpo acompanha uma bela mulher, mas um belo corpo não necessariamente acompanha uma bela mulher.
Talvez por isso ainda não sentira o momento de aquietar-se de vez, casar ou coisa que o valha.Afinal, de tal forma, teria que abandonar o prazer maior de estar vivo!, pensava.Sabia bem da necessidade que elas tem em sentir-se única.Até compreendia, afinal, dizia com um certo sorriso no canto dos lábios, "Elas não sabem o que é isso, seduzir e elevar uma alma aos céus!".Embora elas saibam, à maneira delas.Talvez descobrisse ser individualista ao extremo ao não se deixar seduzir e entregar-se a apenas uma.Ou não quisesse isso agora, ou não tivesse caído apaixonado por aquela que o faria mudar.Tantas morenas à descobrir...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Memórias

Lembranças que vem à rodo, em uma conversa com uma amiga de tantos anos atrás, outro país, outra época...aquele ainda sou eu?Ou...eu ainda sou aquele?Sou tudo aquilo que carrego, que vivi, que fiz ou deixei de fazer...Tempos aqueles de pouca responsabilidade, jogar futebol para a Universidade, conviver com outras pessoas, outras culturas, fazer amigos, dividir quarto com um bósnio, um francês...japonês, americano...viajar 8, 10, 16horas(!) dentro de um ônibus para disputar umas partidas de futebol...fugir do hotel na madrugada, com um americano e meu amigo Sérgio Lima(capitão do time, que eu não sou bobo nem nada), para cair na noite de já não sei onde, Salt Lake City...Chicago?E, assim, quem aguenta correr atrás da bola às 10 da manhã?Naquele dia, aquele técnico alemão, que não entendia nada mesmo, teve razão para me tirar de campo mais cedo.Rsrs.
Parece que foi ontem.Parece que foi 12, 13 anos atrás...e foi!Tantas amigas ficaram por lá.Brasileiras que hoje são quase americanas, mas sempre querem ser brasileiras, que é o que há de melhor, que tem filhos, que querem visitar o Brasil, visitar os pais, mostrar às crianças de onde vieram, quem é a famíla que aqui ficou...E os amigos, mais "livres", a maioria voltou para cá, aprendeu o que tinha que ser, mandam bem no inglês, trouxeram muita experiência e estão por aí, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo...
E...americanas.Bem, quase posso dizer americana,uma que além de ser uma graça, era uma pessoa com quem dava prazer conviver, Jennifer...baixinha linda, com um sorriso apaixonante! As outras, por questões culturais não tive muita aproximação...povo estranho, parece que tem orgulho em ser ignorante!Claro, exceções existem:irmão Ethan e Nick, os que mais lembro, queriam interagir, conhecer aquele povo louco e alegre que estava habitando sua cidade!Eram tão mais abertos do que o normal que vieram para cá, levei-os a Águas da Prata, cidade-natureza tranquila e pequena que tanto frequento.Taí, casaram com brasileiras, jogadoras de vôlei daquela nossa turma de 1998, 99, 2000...Memórias...quantas histórias.
À aqueles que convivi e me diverti.Muitos, só ali, outros, bem sei, em breve reencontrarei.Até já!